Percepção da qualidade de vida dos trabalhadores da indústria metalúrgica na cidade de Sertãozinho, SP

Resumo

Na indústria metalúrgica existe um alto índice de patologias e acidentes que vêm afetando os trabalhadores. Assim, este estudo objetivou analisar e compreender a correlação dos sintomas de dores relacionadas ao trabalho e do nível de atividade física com a percepção de qualidade de vida de trabalhadores de uma indústria metalúrgica. Foram avaliados 20 funcionários da indústria, por meio do questionário de anamnese e do SF-36, que avalia a percepção da qualidade de vida. Os resultados mostram que quanto maior a intensidade da dor, menor a qualidade de vida nos aspectos físico e emocional.. Quanto ao tempo de prática de exercícios por semana, encontrou-se que aqueles que realizavam maiores quantidades de minutos por semana apresentavam uma maior percepção da qualidade de vida para capacidade funcional. Os resultados indicam que o investimento das empresas em atividades físicas para os trabalhadores pode melhorar sua capacidade funcional e consequentemente o rendimento do funcionário no trabalho.

Palavras-chave: Percepção da qualidade de vida, Patologias ocupacionais, Exercício físico, Metalúrgicos

Referências

Alvarez, B. (2002). Estilo de vida e hábitos de lazer de trabalhadores, após dois anos de aplicação de um programa de ginástica laboral e saúde, caso Intelbras. Florianópolis, SC. Tese de doutorado. Recuperado de: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/84187

Battisti, H.H., Guimarães, A.C.A., Simas, J.P.N. (2005). Atividade física e Qualidade de Vida de Operadores de Caixa de Supermercado. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Florianópolis, SC, v.13, n.1, p.71-78. Recuperado de: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/614/626

Brasil (2011). Anuário estatístico. Setor Metalúrgico. Ministério das Minas e Energia.

Camelo, S.H.H., Angerami, E.L.S. (2004). Sintomas de estresse nos trabalhadores atuantes em cinco núcleos de saúde da família. Revista Latinoam. de Enfermagem, v.12, n.1, p.14-21. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692004000100003

Candotti, Claudia Tarragô; Stroschein, Rosemeri; Noll, Matias (2011). Efeitos da ginástica laboral na dor nas costas e nos hábitos posturais adotados no ambiente de trabalho. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 33, n. 3, p. 699-714. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-32892011000300012

Ciconelli, R.M., Ferraz, M.B., Santos, W., Meinão, I., Quaresma, M.R. (1999). Tradução para língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF36). Rev Bras Reumatol, v. 39, n. 3, p. 143-50. Recuperado de: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/15360

Conte, A. L. (2003). Qualidade de vida no trabalho. Revista FAE business, n. 7.

Dert. Contratação Colectiva de Trabalho (2010). Indústrias Metalúrgicas de base e Fabricação de Produtos Metálicos CAE 24 e CAE 25. Recuperado de: http://www.rh.com.br

Dyniewicz, A.M., Moser, A.D., Santos, A.F., Pizoni, H. (2009). Avaliação da qualidade de vida de trabalhadores em empresa metalúrgica: um subsídio à prevenção de agravos à saúde. Fisioter Mov, v.22, n.3, p.547-466. Recuperado de: https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19481/18825

Ferracini, Gabriela Natália; Valente, Flávia Mariana (2010). Presença de sintomas musculoesqueléticos e efeitos da ginástica laboral em funcionários do setor administrativo de um hospital público. Rev Dor, v. 11, n. 3, p. 233-6. Recuperado de: http://files.bvs.br/upload/S/1806-0013/2010/v11n3/a1468.pdf

Fleck, M. P. A, Louzada, S., Xavier, M., Chachamovitch, E., Vieira, G., Santos, L. E, Pinzon, V. (2000). Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-Bref". Revista de Saúde Pública, v. 34, n. 2, p. 178-83. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000200012

Gonçalves, Cláudia Giglio de Oliveira; Dias, Adriano (2011). Três anos de acidentes do trabalho em uma metalúrgica: caminhos para seu entendimento. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 635-646, Feb. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000200027

Grupo Whoqol (1998). Versão em português dos instrumentos de avaliação de qualidade de vida (WHOQOL). FAMED - Universidade Federal do Rio Grande do Sul/HCPA. Recuperado de: http://www.ufrgs.br/psiq/whoqol1.html#1

Herman, C. W., Musich, S., Lu, C., Sill, S., Young, J.M., Edington, D.W. (2006). Effectiveness of an incentive-based online physical activity intervention on employee health status. Journal of Occupational and Environmental Medicine, v. 48, n. 9, p. 889-895. Recuperado de: https://doi.org/10.1097/01.jom.0000232526.27103.71

Joca, S.R.L., Padovan, C.M., Guimarães, F.S. (2003). Estresse, depressão e hipocampo. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 25, n. 2, p. 46-51. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S1516-44462003000600011

Kaliterna, L.L., Prizmic, L.Z., Zganec, N. (2004). Quality of life, life satisfaction and happiness in shift and non shift workers. Revista Saúde Pública, p. 3-10. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000700002

Lancman, S. (Org.) (2004). Saúde, trabalho e terapia ocupacional. São Paulo: Ed. Roca.

Lima, V. (2003). Ginástica Laboral: Atividade Física no Ambiente de Trabalho (1ª ed.). São Paulo: Phorte Editora.

Martinez, M.C., Paraguay, A. (2003). Satisfação e saúde no trabalho – aspectos conceituais e metodológicos. Caderno de Psicologia Social do Trabalho, n. 6, v. 1. Recuperado de: https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v6i0p59-78

Martins, Bruna (2015). Os efeitos da ginástica laboral sobre o estilo de vida dos trabalhadores de uma empresa metalúrgica de Criciúma–SC. Artigo apresentado para obtenção do grau de Bacharel, no Curso de Educação Física, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Recuperado de: http://repositorio.unesc.net/handle/1/3096

Matsudo, V.K.R., Matsudo, S.M.M., Andrade, D.R., Oliveira, L.C., Araújo, T.L. (2007). Promovendo atividade física no ambiente do trabalho. Diagn Tratamento, n. 12, v. 2. Recuperado de: https://www.researchgate.net/publication/308042927_Promovendo_atividade_fisica_no_ambiente_do_trabalho

Minayo, M.C.S., Hartz, Z.M.A., Buss, P.M. (2000). Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciênc. saúde coletiva, n. 5, v.1, p. 7-18. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S1413-81232000000100002

Moser, A. D., Kerhig, R. (2006). O conceito de saúde e seus desdobramentos nas várias formas de atenção à saúde do trabalhador. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 19, n. 4, p. 89-97. Recuperado de: https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/18810

Murta, S.G. (2007). Avaliação de processo de um programa de manejo de estresse ocupacional. Psicol Reflex Crit; n. 20, v. 2, p. 296-302. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S0102-79722007000200016

Nahas, M.V., de Barros M. V. G., de Oliveira, E. S. A., Simm, E. E. (2010). Lazer ativo: um programa de promoção de estilos de vida ativos e saudáveis para o trabalhador da indústria. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v.15, n. 4, p. 260-264. Recuperado de: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.15n4p260-264

Oliveira, B.M., Mininel, V.A., Felli, V.E. (2009). Qualidade de vida de graduandos de enfermagem Revista Bras de Enfermagem, v. 64, n. 1, p. 130-5. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S0034-71672011000100019

Petersen, R., Sill, S., Lu, C., Young, J.M., Edington, D.W. (2008). Effectiveness of Employee Internet-Based Weight Management Program. J Occup Environ Med, v. 50, n. 2. Recuperado de: https://doi.org/10.1097/JOM.0b013e31815c6cf6

Pilatti, L. A., Bejarano, V. C. (2005). Qualidade de vida no trabalho: leitura e possibilidades no entorno. In: A. Gonçalves, G. L. Gutierrez, R. Vilarta (orgs.). Gestão da qualidade de vida na empresa. Campinas: IPES, p. 85-104.

Rios, K.A., Barbosa, D.A., Belasco, A.G. (2010). Evaluation of quality of life and depression in nursing technicians and nursing assistants. Rev Lat Am de Enfermagem, v. 18, n. 3, p. 413-20. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/s0104-11692010000300017

Scharwtz, G.M. (2015). Pesquisas sobre lazer: visibilidade e perspectivas. In C.L. Gomes, e H.F. Isayama (org.). O direito social ao lazer no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, Coleção Educação Física e Esportes.

Shockey, T.M., Zack, M., & Sussell, A. (2017). Health-related quality of life among US workers: variability across occupation groups. American journal of public health, v. 8, n. 107, p. 1316-1323. Recuperado de: https://doi.org/10.2105/AJPH.2017.303840

Siqueira, L.O.C., Siqueira, N.M.S., Simionato, A.R. (2017). O direito ao lazer: uma dicotomia entre o lazer e o consumo dentro do sistema capitalista. Lecturas Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, v.22, n.233, p.1-8. Recuperado de: https://www.efdeportes.com/efd233/o-direito-ao-lazer-uma-dicotomia.htm

Stacciarini, J.M., Tróccoli, B.T. (2000). Instrumento para mensurar o estresse ocupacional: inventário de estresse em enfermeiros (IEE). Revista Latinoam. de Enfermagem, v 8, n.6, p. 40-9. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692000000600007

Sullivan, S.B., & Schmitz, T.J. (2004). Fisioterapia: avaliação e tratamento. In: Fisioterapia: avaliação e tratamento (pp. xi-1152).

Teychenne, M., Ball, K., & Salmon, J. (2010). Sedentary behavior and depression among adults: a review. International journal of behavioral medicine, v.4,n. 17, p. 246-254. Recuperado de: https://doi.org/10.1007/s12529-010-9075-z

Vretaros, A. (2000). Programa de Ginástica Laboral nas Empresas. Revista Phorte online. Phorte Editora. São Paulo, n. 3.

Werneck, A. O., Oyeyemi, A. L., Szwarcwald, C. L., & Silva, D. R. (2018). Association between physical activity and alcohol consumption: sociodemographic and behavioral patterns in Brazilian adults, Journal of Public Health, v. 41, n.4, p. 781-787. Recuperado de: https://doi.org/10.1093/pubmed/fdy202

Werneck, A. O., Oyeyemi, A. L., Szwarcwald, C. L., Stubbs, B., & Silva, D. R. (2019). Potential influence of physical, psychological and lifestyle factors on the association between television viewing and depressive symptoms: A cross-sectional study. General hospital psychiatry, v.60, p.37-43. Recuperado de: https://doi.org/10.1016/j.genhosppsych.2019.07.005

Westley, W. A. (1979). Problems and solutions in the quality of working life. Human Relations, v. 2, p. 113-123. Recuperado de: https://doi.org/10.1177/001872677903200202

Publicado
2020-06-21
Como Citar
Silva, W. R. da, Silva, A. B. B., Vasconcelos, C. M. T., Santos, L. G. A. dos, Zuquieri, L. B., Simionato, A. R., & Siqueira, L. O. da C. (2020). Percepção da qualidade de vida dos trabalhadores da indústria metalúrgica na cidade de Sertãozinho, SP. Lecturas: Educación Física Y Deportes, 25(265), 44-58. https://doi.org/10.46642/efd.v25i265.1238
Seção
Artigos de pesquisa