Como o Método Pilates pode influenciar o desempenho esportivo em diferentes modalidades esportivas

Resumo

O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura a fim de investigar os efeitos do Método Pilates em atletas de diferentes modalidades esportivas. Métodos: Realizaram-se pesquisas em banco de dados (SciELO, LILACS, PubMed, Web of Science e SCOPUS) e para avaliar a qualidade metodológica dos estudos usou-se a escala PEDro. Resultados: Dos 87 estudos encontrados, apenas quatro foram incluídos. As metanálises para avaliar a flexibilidade usando o teste Sentar e Alcançar do Banco de Wells e um flexímetro indicaram melhora após a aplicação do Pilates, embora não houvesse diferenças estatisticamente significativas em comparação com os grupos controle (teste Sentar e Alcançar do Banco de Wells: 2,83 IC95%: -0,73 a 6,38, I² = 99%; Flexímetro: -0,78, IC95%: -1,84 a 0,27, I² = 0%). Conclusão: Há evidências dos benefícios após intervenção com Pilates. Estudos futuros com protocolos padronizados, de acordo com a modalidade esportiva escolhida, são necessários para determinar como o Método Pilates pode melhorar o desempenho dos atletas.

Palavras-chave: Técnicas de exercício e de movimento, Atletas, Flexibilidade, Modalidades de fisioterapia

Referências

Aparício, E., Pérez, J. (2005). O autêntico método Pilates: a arte do controle. Planeta do Brasil: São Paulo.

Bertolla, F., Baroni, B. M., Junior, E. C. P. L, & Oltramari, J. D. (2007). Efeito de um programa de treinamento utilizando o método Pilates na flexibilidade de atletas juvenis de futsal. Rev Bras Med Esporte, 13(4), 222-6.

Chang, Y. (2000). Grace under pressure. Ten years ago, 5,000 people did the exercise routine called Pilates®. The number now is 5 million in America alone. But what is it, exactly? Newsweek, 9(135);72-73.

Chinnavan, E., Gopaladhas, S., & Kaikondan, P. (2015). Effectiveness of pilates training in improving hamstring flexibility of football players. Bangladesh Journal of Medical Science, 14(3), 265-269.

Cyrino, E. S., Oliveira, A. R. D., Leite, J. C., Porto, D. B., Dias, R. M. R., Segantin, A. Q., & Santos, V. D. A. (2004). Comportamento da flexibilidade após 10 semanas de treinamento com pesos. Rev bras med esporte, 10(4), 233-7.

Cruz, T. M. F., Germano, M. D., Crisp, A. H., Sindorf, M. A. G., Verlengia, R., da Mota, G. R., & Lopes, C. R. (2014). Does Pilates training change physical fitness in young basketball athletes?. Journal of Exercise Physiology Online, 17(1).

Fraser, B.J., Blizzard, L., Cleland, V., Schmidt, M.D., Smith, K.J., Gall, S.L. et al. (2020). Factors associated with muscular fitness phenotypes in Australian children: A cross-sectional study. J Sports Sci, 38(1), 38,45.

Gantus, M. C., & Assumpção, J. D. Á. (2002). Epidemiologia das lesões do sistema locomotor em atletas de basquetebol. Acta Fisiátrica, 9(2), 77-84.

Ishøi, L, Krommes, K., Husted, R.S., Juhl, C.B., Thorborg, K. (2020). Diagnosis, prevention and treatment of common lower extremity muscle injuries in sport - grading the evidence: a statement paper commissioned by the Danish Society of Sports Physical Therapy (DSSF). Br J Sports Med, 14, Br J Sports Med. Epub ahead of print.

Krause, F., Wilke, J., Niederer, D., Vogt, L., Banzer, W. (2019). Acute effects of foam rolling on passive stiffness, stretch sensation and fascial sliding: A randomized controlled trial. Hum Mov Sci, 67, 102514.

Latey, P. (2001). The Pilates method: history and philosophy. Journal of bodywork and movement therapies, 5(4), 275-282.

Lima, C.D., Brown, L.E., Li, Y., Herat, N., Behm, D. (2019). Periodized versus Non-periodized Stretch Training on Gymnasts Flexibility and Performance. Int J Sports Med,40(12):779-788.

Massey, P. (2009). The anatomy of Pilates. United Kingdom: Lotus Publishing.

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., & Altman, D. G. (2009). Academia and clinic annals of internal medicine preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Annu Intern Med, 151(4), 264-269.

Muscolino, J. E., & Cipriani, S. (2004). Pilates and the “powerhouse” - I. Journal of bodywork and movement therapies, 8(1), 15-24.

Pertile, L., Vaccaro, T.C., Marchi, T.D., Rossi, R.P., Grosselli, D., Mancalossi, J.L. (2011). Estudo comparativo entre o método pilates e exercícios terapêuticos sobre a força muscular e flexibilidade de tronco em atletas de futebol. ConScientiae Saúde, 10(1), 102-111.

Queiroz, B. W. C. (2010). Avaliação eletromiográfica comparativa de diferentes exercícios em quadrupedia do método Pilates. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Segal, N. A., Hein, J., & Basford, J. R. (2004). The effects of Pilates training on flexibility and body composition: an observational study. Archives of physical medicine and rehabilitation, 85(12), 1977-1981.

Sekendiz, B., Altun, Ö., Korkusuz, F., & Akın, S. (2007). Effects of Pilates exercise on trunk strength, endurance and flexibility in sedentary adult females. Journal of bodywork and movement therapies, 11(4), 318-326.10.

Shiwa, S. R., Costa, L. O. P., Costa, L. D. C. M., Moseley, A., Junior, L. C. H., Venâncio, R., & Lopes, A. D. (2011). Reproducibility of the Portuguese version of the PEDro Scale. Cadernos de saúde publica, 27(10), 2063-2068.

Valenza, M.C., Rodriguez-Torres, J., Cabrera-Martos, I., Díaz-Pelegrina, A., Aguilar-Ferrándiz, M.E., Castellote-Caballero, Y. (2017). Results of a Pilates exercise program in patients with chronic non-specific low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil, 31(6), 753-760.

Publicado
2020-05-20
Como Citar
Abreu, M., Santos, F. C., Nogueira, A. L., Zampieri, M. L., & Bertoncello, D. (2020). Como o Método Pilates pode influenciar o desempenho esportivo em diferentes modalidades esportivas. Lecturas: Educación Física Y Deportes, 25(264), 139-152. https://doi.org/10.46642/efd.v25i264.1812
Seção
Artigos de Revisão