Análise cinemática do salto vertical pré e pós-fadiga induzida em atletas de futebol americano

Resumo

Introdução: O futebol americano é caracterizado por um jogo de conquista de território que exige constantes ações de elevada intensidade em curtos períodos de intervalo durante toda a partida. Objetivo: Analisar o salto vertical com contramovimento, sob a indução de fadiga e os efeitos da coordenação articular do movimento sob a altura saltada em atletas de futebol americano. Metodologia: nove atletas amadores de futebol americano (25,22 ± 4,80 anos, 179,67 ± 6,15 cm e 89,78 kg ± 23,78 kg) realizaram um conjunto de testes compostos por salto vertical máximo, protocolo de fadiga Wingate, e novas tentativas de saltos máximos imediatamente após o termino da indução a fadiga, 30 segundos e 60 segundos após. Resultados: Houve diferença na altura máxima atingida no salto e coordenação de joelho e tornozelo esquerdo entre pré e imediatamente após o teste de Wingate. Correlações moderadas entre altura saltada e extensão máxima do quadril esquerdo e máxima extensão de tornozelo direito. Simetria bilateral foi mantida durante todo o teste. Conclusão: alterações biomecânicas do salto são verificadas principalmente logo após indução da fadiga. Parece que os atletas de futebol americano conseguem recuperar-se em curto período de tempo após indução a fadiga e voltar ao desempenho do salto inicial, ao mesmo tempo que mantém simetria do movimento.

Palavras-chave: Futebol Americano, Fadiga, Desempenho físico funcional

Referências

Clebis, N. K., & Natali, M. R. M. (2008). Lesões musculares provocadas por exercícios excêntricos. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 9(4), 47-54. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.18511/rbcm.v9i4.405

Comachio, J., Comachio, G., Rietjens, P., Lovato, M., Perecin, J. C., & Favaro, O. R. P. (2015). Anaerobic performance and anthropometric characteristics of american football players of a brazilian team. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 9(51), 81-89. Recuperado de: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/728

Coppin, E., Heath, E. M., Bressel, E., & Wagner, D. R. (2012). Wingate anaerobic test reference values for male power athletes. International journal of sports physiology and performance, 7(3), 232-236. Recuperado de: https://doi.org/10.1123/ijspp.7.3.232

Gallina, E. C. (2009). Efeito do treinamento sob fadiga no desempenho do salto vertical. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Recuperado de: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/27370

Hodges, S. J., Patrick, R. J., & Reiser, R. F. (2011). Effects of fatigue on bilateral ground reaction force asymmetries during the squat exercise. The Journal of Strength & Conditioning Research, 25(11), 3107-3117. Recuperado de: https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e318212de7b

Kraemer, W. J. (1997). A series of studies. The physiological basis for strength training in American football: Fact over philosophy. The Journal of Strength & Conditioning Research, 11(3), 131-142.

Lamplot, J. D., & Matava, M. J. (2016). Thigh injuries in American football. Am J Orthop, 45(6), 308-318. Recuperado de: https://doi.org/10.1007/s00117-017-0292-1.

Lockie, R. G., Schultz, A. B., Callaghan, S. J., & Jeffriess, M. D. (2012). Physiological Profile of National-Level Junior American Football Players in Australia. Serbian Journal of Sports Sciences, 6(4). UDC 796.333.7.015(94) ; 796.333.7-053.6(94).

McLellan, C. P., Lovell, D. I., & Gass, G. C. (2011). Markers of postmatch fatigue in professional rugby league players. The Journal of Strength & Conditioning Research, 25(4), 1030-1039. Recuperado de: https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e3181cc22cc

McMahon, J. J., Suchomel, T. J., Lake, J. P., & Comfort, P. (2018). Understanding the key phases of the countermovement jump force-time curve. Strength & Conditioning Journal, 40(4), 96-106. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.1519/SSC.0000000000000375

Mukaka, M.M. (2012). Statistics Corner: A guide to appropriate uso of Correlation coefficient in medical research. Malawai Medical Journal, Sep; 24(3): 69-71. Recuperado de: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23638278/

Perrella, M. M., Noriyuki, P. S., & Rossi, L. (2005). Avaliação da perda hídrica durante treino intenso de rugby. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 11(4), 229-232. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S1517-86922005000400005.

Robbins, D. W. (2010). The National Football League (NFL) combine: Does normalized data better predict performance in the NFL draft? The Journal of Strength & Conditioning Research, 24(11), 2888-2899. Recuperado de: https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e3181f927cc

Rodacki, A. L., Fowler, N. E., & Bennett, S. J. (2001). Multi-segment coordination: fatigue effects. Medicine & Science in Sports & Exercise, 33(7), 1157-1167. Recuperado de: https://doi.org/10.1097/00005768-200107000-00013.

Rodacki, A. L. F., Fowler, N. E., & Bennett, S. J. (2002). Vertical jump coordination: fatigue effects. Medicine & Science in Sports & Exercise, 34(1), 105-116. Recuperado de: https://doi.org/10.1097/00005768-200201000-00017

Secora, C. A. (2002). A comparison of physical and performance characteristics of NCAA Division I football players: 1987 and 2000. Journal of Strength and Conditioning Research, 18(2), 286-292. Recuperado de: https://doi.org/10.1519/r-12852.1

Severo-Silveira, L., Fritsch, C. G., Marques, V. B., Dornelles, M. P., & Baroni, B. M. (2017). Isokinetic performance of knee flexor and extensor muscles in American Football players from Brazil. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, 19(4), 426-435. Recuperado de: https://doi.org/10.5007/19800037.2017v19n4p426

Silva, A. I. (2016). Potência anaeróbica e perfil antropométrico de jogadores de futebol profissional. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, 14(4), 224-231. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.33233/rbfe.v14i4.124

Tatlıcıoğlu, E., Atalağ, O., Kırmızıgil, B., Kurt, C., & Acar, M. F. (2019). Side-to-side asymmetry in lower limb strength and hamstring-quadriceps strength ratio among collegiate American football players. Journal of Physical Therapy Science, 31(11), 884-888. Recuperado de: https://doi.org/10.1589/jpts.31.884

Tequiz Rojas, W. F., Gálvez Eras, N. J., Chicaiza Jácome, C. A., Carchipulla Enríquez, S. C., Cañadas Gómez de la Torre, L. F., & Arteaga Chicaiza, J. L. (2020). Exercícios pliométricos para aumentar a força reativa em jogadores de futebol na categoria sub-14. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(263), 60-72. Recuperado de: https://doi.org/10.46642/efd.v25i263.2095.

Torreblanca-Martinez, V., Otero-Saborido, F. M., & Gonzalez-Jurado, J. A. (2017). Effects of muscle fatigue induced by countermovement jumps on efficacy parameters of instep ball kicking in soccer. Journal of applied biomechanics, 33(2), 105-111. Recuperado de: https://doi.org/10.1123/jab.2016-0040

Vural, F., Nalcakan, G., & Özkol, Z. (2009). Physical and physiological status in American football players in Turkey. Serb J Sports Sci, 3(1-4), 9-17. Recuperado de: https://www.jssm.org/suppls/10/Suppl.10.53-56.php

Wong, T. L., Huang, C. F., & Chen, P. C. (2020). Effects of Lower Extremity Muscle Fatigue on Knee Loading During a Forward Drop Jump to a Vertical Jump in Female Athletes. Journal of Human Kinetics, 72(1), 5-13. Recuperado de: https://doi.org/10.2478/hukin-2019-0122

Zupan, M. F., Arata, A. W., Dawson, L. H., Wile, A. L., Payn, T. L., & Hannon, M. E. (2009). Wingate anaerobic test peak power and anaerobic capacity classifications for men and women intercollegiate athletes. The Journal of Strength & Conditioning Research, 23(9), 2598-2604. Recuperado de: https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e3181b1b21b

Publicado
2020-10-11
Como Citar
Soares, W. G., Oliveira, A. C. P. de, Santos, K. B. dos, & Lara, J. P. R. (2020). Análise cinemática do salto vertical pré e pós-fadiga induzida em atletas de futebol americano. Lecturas: Educación Física Y Deportes, 25(269), 79-91. https://doi.org/10.46642/efd.v25i269.2290
Seção
Artigos de pesquisa