Estratégias metodológicas no agenciamento da bicicultura em ambientes escolares: um relato de experiência

Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar um relato de experiência com estratégias metodológicas de trabalho com bicicleta nas vias públicas geradoras de processos educativos vivenciados no agenciamento da bicicultura em ambientes escolares. Partindo da crítica ecossocialista, duas experiências são apresentadas, realizadas no biênio 2018-2019 na cidade de Valdívia, Chile: a) a criação de espaço cultural para mecânica colaborativa “Bicicletería Austral” na Universidad Austral de Chile (UACh); b) a proposta conceitual “Biciudadanía para ambientes escolares” subdivida nos eixos temáticos saúde (sustentabilidade e aptidão física), cidadania (urbanidade e normas de transito), mecânica (conhecimento sobre bicicleta e técnica de reparo) e ambiente (percepção do entorno e sensibilização do outro). É interpretado a partir da abordagem ecossocialista que, ao criar novos caminhos viáveis para o agenciamento da bicicultura, colabora para uma bicidadania desde a experiência do pedalar na formação crítica de estudantes ao gerar novas redes de comunicação voltadas ao atenção e cuidado no transito através da sensibilização cicloativista.

Palavras-chave: Bicicleta, Ciclismo, Escola, Mobilidade urbana

Referências

Alcadía Mayor de Bogotá (2016). Guía para la elaboración del Plan de Movilidad Escolar. Secretarías Distritales de Movilidad y Educación.

Angus, I. (2012). Cómo llevar a cabo una revolución ecosocialista. Melbourne: Discurso inaugural de la conferencia “Cambio climático, cambio social”. http://www.mientrastanto.org/boletin-103/ensayo/como-llevar-a-cabo-una-revolucion-ecosocialista

Bijker, W. (1995). Of bicycles, bakelites, and bulbs: toward a theory of sociotechnical change. MIT Press.

Bontempi Jr. B., e de Pietri, E. (2017). Processos educativos e formação dos indivíduos na contemporaneidade. Educação e Pesquisa, 43(2), 301-309. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-970220174302001

Brasil (1997). Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Lei 9.503 de 23/09/1997. Presidência da República. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm

Carmo, C. (2017). Epistemologia da bicicleta: processos educativos emergentes na prática do pedalar [Tese Doutorado em Educação. UFSCar]. https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/8962

Chamayou, G. (2020). A sociedade ingovernável. Uma genealogia do liberalismo autoritário. Tradução: Letícia Mei. Ubu Editora.

Chile (2018). Ley número 21.088. Modifica la ley de tránsito para incorporar disposiciones sobre convivencia de los distintos medios de transporte. Ministerio del Interior y Seguridad Pública. https://www.bcn.cl/leychile/navegar?idNorma=1118358

European Ciclysts Federation (ECF) (2015). Cycling delivers on the global goals. Shifting towards a better economy, society and planet for all. European Cyclists Federation and World Cycling Alliance. https://ecf.com/sites/ecf.com/files/The%20Global%20Goals_internet.pdf

Estenssoro, F. (2017). El factor ambiental en los debates ideológicos en torno al desarrollo de América Latina. História Unisinos, 21(1), 13-25. https://doi.org/10.4013/htu.2017.211.02

Feenberg, A. (2010). Racionalização subversiva: tecnologia, poder e democracia. In: R. Neder (org.). A teoria crítica de Andrew Feenberg: racionalização democrática, poder e tecnologia. Observatório Movimento Tecnologia Social na América Latina.

FPC (2017). Projeto “O Ciclismo vai à Escola”. Regulamento Geral. Federação Portuguesa de Ciclismo, Programa Nacional Ciclismo para Todos. https://www.fpciclismo.pt/ficheiros/2019/regulamento_o_ciclismo_vai_a_escola.pdf

Gehl, J. (2013). Cidades para pessoas. Editora Perspectiva.

Gonçalves-Junior, L., Corrêa, D., Carmo, C., e Toro Arévalo, S. (2016). Diarios de bicicleta: procesos educativos vivenciados en la Ruta de las Emociones. Estudios Pedagógicos, 42(1), 323-337. https://doi.org/10.4067/S0718-07052016000100021

González, S., Rubio, M., Triana, C., King, A., Banchoff, A., e Sarmiento, O. (2021). Building healthy schools through technology-enabled citizen science: The case of the our voice participatory action model in schools from Bogotá, Colombia. Global Public Health, 1 (1), 1-20. https://doi.org/10.1080/17441692.2020.1869285

Gorz, A. (2005). A ideologia social do automóvel. In: N. Ludd (org.). Apocalipse motorizado: a tirania do automóvel em um planeta poluído. Conrad Editora do Brasil.

Illich, I. (2005). Energia e equidade. In: N. Ludd (org.). Apocalipse motorizado: a tirania do automóvel em um planeta poluído. Conrad Editora do Brasil.

Kovel, J., e Lowy M. (2002). Manifiesto ecossocialista internacional. A Journal of Socialist Ecology, 13(1). http://gate.cruzio.com/~cns/backissues/cont49.html

Lowy, M. (2018). Why Ecosocialism: For a Red-Green Future. Great Transition Initiative (GTI). https://greattransition.org/publication/why-ecosocialism-red-green-future.

Lu, W., McKyer, E., Lee, C., Ory, M., Goodson, P., e Wang, S. (2015). Children’s active commuting to school: an interplay of self-efficacy, social economic disadvantage, and environmental characteristics. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 12(1), 1-14. https://doi.org/10.1186/s12966-015-0190-8

Manfiolete, S., Troncoso, L. Goncalves Junior, L., e Toro-Arévalo, S. (2019). Programa Biciudadanía en ambientes escolares: relato de experiência de dos intervenciones. In: VIII Colóquio de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana: Motricidade e Interculturalidade (p. 15-24). Maputo: SPQMH.

ONU (2018). La Agenda 2030 y los Objetivos de Desarrollo Sostenible. Una oportunidad para América Latina y el Caribe. CEPAL. https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/40155/24/S1801141_es.pdf

Pereira, B., Cunha, J., Souza, S., Costa, L., e Matos, A. (2018). Rotinas de Vida das Crianças e Atividade Física. Porque é que as Crianças não vão para a Escola a Pé ou de Bicicleta? In: J. Pertrica, J. Serrano, A. Faustino, P. Mendes (Org.). Motricidade Infantil: Abordagens Acadêmicas de investigação (pp. 31-46). Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. http://hdl.handle.net/1822/59354

Recicleta (2021). Curso de mecánica básica. http://www.recicleta.cl/archivos.html

Riechmann, J. (2012). El socialismo puede llegar sólo en bicicleta. Ensayos ecosocialistas. Los Libros de la Catarata.

Robles, S. Toro-Arévalo, S., e Rengifo, A. (2020). Desde la escuela a la transformación urbanabici-tantes construyendo bi-ciudad. Tándem: Didáctica de la educación física, 67, 30-33. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7236423

Rodrigues, C. (2019). A ecomotricidade na apreensão da natureza: inter-ação como experiência lúdica e ecológica. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 51, seção especial Técnica e Ambiente, 8-23. https://doi.org/10.5380/dma.v51i0.63007

Rosin, L., e Leite, C., (2019). A bicicleta como resistência: o paradigma rodoviarista e o papel do ativismo ciclista no município de São Paulo/SP. Cadernos Metrópole, 21(46), 879-902. http://dx.doi.org/10.1590/2236-9996.2019-4609

Santana, D., Rechia, S., Rodrigues, E., e Moro. L. (2019). As experiências de lazer na cidade: o cotidiano da praça de bolso do ciclista de Curitiba, Paraná. Movimento (UFRGS), 25, e25093, 1-17. https://doi.org/10.22456/1982-8918.88373

Scartazzini, L., e Hayakawa, R. (2017). Como adaptar uma bicicleta para uso didático interdisciplinar. Caminho Aberto - Revista de Extensão do IFSC, 4(6), 15-25. http://dx.doi.org/10.35700/ca.2017.ano4n6.p15-25.1937

Troncoso, L., Gonçalves Junior, L., e Toro-Arévalo, S. (2018). Ciclismo urbano e processos educativos: cicloativismo como práxis de libertação. Revista ALESDE, 9(3), 23-38. http://dx.doi.org/10.5380/jlasss.v9i4

Troncoso L., Manfiolete S., e Toro-Arévalo, S. (2020). Procesos educativos vivenciados en la práctica social mecánica de bicicleta. Retos, 38(1), 102-108. https://recyt.fecyt.es/index.php/retos/article/view/74280/48137

Troncoso L., Manfiolete, S., Toro-Arévalo S., Pimentel, G. e Puttini, R. (2019). Sentidos en la promoción de la bicicultura por docentes universitarios sudamericanos. Ibero-American Journal of Exercise and Sports Psychology, 15(1), 12-18. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7501125

Villalobos, M., e Razeto-Barry, P. (2019). Are living beings extended autopoietic systems? An embodied reply. Adaptive Behavior, 28(1), 3-13. https://doi.org/10.1177/1059712318823723

Publicado
2021-09-13
Como Citar
Troncoso, L. D. M., Manfiolete, S. S. T. R. D., & Martins, C. J. (2021). Estratégias metodológicas no agenciamento da bicicultura em ambientes escolares: um relato de experiência. Lecturas: Educación Física Y Deportes, 26(280), 204-220. https://doi.org/10.46642/efd.v26i280.2849
Seção
Inovação e Experiências